A UNIDUNAS é uma OSCIP – (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), criada com o intuito de preservar o ecossistema de dunas, lagoas e restingas da APA do Abaeté.

Vem protegendo o local durante vários anos da prática de especulação imobiliária, off-road, retiradas da flora e da fauna, entre outros tipos de antropização. No dia 27 de novembro de 2008, o lugar foi declarado como área de interesse público e implementado o Parque das Dunas Salvador.

Parque das Dunas Salvador

Administrado pela UNIDUNAS, o Parque das Dunas está inserido na APA Lagoas e Dunas do Abaeté e compreende uma área de aproximadamente 6 milhões de metros quadrados. A maior parte de sua poligonal está localizada no bairro de Praias do Flamengo, onde também se encontra sua sede. O lugar é de grande importância pro meio ambiente por ser o último manancial urbano do ecossistema de dunas, lagoas e restinga no país.

O projeto Parque das Dunas consiste em um complexo ambiental baseado nas diretrizes da sustentabilidade e voltado para educação, meio ambiente e ecoturismo. Há anos incentiva a visitação de instituições de ensino, associações, ONG’s nacionais e internacionais, entre outros, demonstrando o potencial da área.

Respeitando as diretrizes da sustentabilidade, as estruturas da sede do Parque das Dunas otimizam o uso de recursos naturais, como ventilação, iluminação natural e captacão de águas pluviais através de calhas. Em sua construção foram usadas madeiras certificadas de reflorestamento. O Parque possui salas de aula, auditório, centro cultural, minhocário, lojinha de lembranças, administração, lanchonete, centro de apoio a pesquisas, alojamento para pesquisadores, entre outros.

O Parque das Dunas também conta com um Horto de Restinga, que tem como objetivo recuperar áreas degradadas nas bordas litorâneas de Salvador e promover a sustentabilidade do Parque. Sua estrutura produzirá mudas de plantas do ecossistema de restinga, que poderão ser utilizadas no reflorestamento de margens de lagoas como a do Abaeté, minimizando a antropização do seu entorno. Sem a mata ciliar, a escassez de água, erosão, pragas e até mesmo enchentes podem prejudicar o equilíbrio ambiental.

Certamente que a atração mais requisitada no Parque das Dunas são as trilhas interpretativas. Os grupos que participam do passeio vão acompanhados de guias capacitados (Guardas Ambientais), que, ao longo do percurso, explicam características do ecossistema, entre sua flora e fauna exuberantes. Se engana quem pensa que as dunas são apenas “um monte de areia”.

Parque das Dunas Salvador História

1981 – O Governo do Estado da Bahia no uso de suas atribuições e com fundamento nos artigos 8º e 9º da Lei Federal nº 6.902, de 27 de abril de 1981, decreta como área de preservação do Abaeté.

1987 – O Governo do Estado da Bahia, a partir de uma proposta integrada de ocupação do solo na faixa costeira do Salvador, entre as Praias de Itapuã e Praia do Flamengo, deu início à implantação do projeto do decreto estadual nº 351 de 22 de Setembro de 1987, dando-a como área de proteção ambiental. Na concepção e execução desse Projeto deveriam estar presentes os cuidados quanto à forma de intervenção no ecossistema dunar e a perspectiva de datar a área de uma estrutura voltada para a conservação ambiental, o turismo e lazer.

1993 – O decreto estadual nº 2.540 de 18 de Outubro de 1993, foi decretado a APA Lagoas e Dunas do Abaeté no Município do Salvador, com a finalidade de proteger o ecossistema.

1996 – A Universidade Livre das Dunas e Restingas do Abaeté – UNIDUNAS, vem mantendo esta área de 1.200.000m. Este espaço vêm sendo utilizado por faculdades e escolas de Salvador e de todo o estado da Bahia para a prática de visitações, estimulando e mostrando o potencial ambiental.

2001 – Nasceu uma nova parceria com o Instituto de Ciência e Tecnologia Interdisciplinar, o ICTI, uma associação civil sem fins lucrativos, promovendo atividades de ensino ambiental. Através de estudos no local foram criados 12 projetos auto-sustentáveis, provando que, meio ambiente e desenvolvimento urbano serão sempre parceiros.

2002 – Foi criado o Zoneamento da APA Lagoas e Dunas do Abaeté, resolução CEPLAM, nº 3.023 de 20 de Setembro, onde indica que o Parque Ecológico da Restinga está inserido na ZUE (Zona de Uso Específico), com as seguintes descrições: Compreende área de dunas, lagoas, brejo, alagadiços, destinado também à ampliação do Aeroporto conforme decreto estadual nº 7.616/99, representa os últimos remanescentes de sistemas de dunas associadas às terras úmidas (lagoas, alagadiços e brejos), conservado no município do Salvador, podendo vir a constituir um laboratório natural de experiências científicas para o manejo deste tipo de ecossistema.

Proteção do ambiente natural, turismo ecológico controlado, atividades de visitação, pesquisa científica e desenvolvimento de tecnologias para a utilização sustentável.
A futura ampliação de pista do aeroporto está condicionada a estudo de impacto ambiental – EIA e determinações estabelecidas pelos órgãos ambientais e outras entidades.
Dentre os projetos – Área de Uso Público – foi aprovado integralmente, dentro do componente Recuperação e Preservação Ambiental. Através do contrato firmado entre o Governado do Estado da Bahia, pelo SEMARH – Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – a anuência prévia, dando como atividade educação ambiental e saúde integral.

O objetivo da anuência é a instalação de equipamentos para fins educacionais, considerando que cumprirá com as normas e regulamentos pertinentes as unidades de conservação especificada na lei nº 9.985/2000 que institui o sistema nacional de conservação da natureza e seu regulamento, considerando que, o requerente autoriza a SEMARH a usar as informações geradas pelos trabalhos no manejo técnico da unidade de conservação e atenderá aos condicionantes definidos pelo presente instituição na autorização da pesquisa.





2006 – Em parceria com técnicos do Jardim Botânico de Salvador, nasce o projeto piloto do Horto da Restinga.
Formação do Conselho Gestor da APA Lagoas e Dunas do Abaeté, composto de 15 órgãos públicos e 15 instituições privadas.

2008 – É publicado no Diário Oficial do Município de Salvador, através do decreto nº 19.093 de 27 de Novembro de 2008, declarando de interesse público a implementação do Parque das Dunas.

2009 – UNIDUNAS divulga carta de repúdio à ampliação do Aeroporto de Salvador.

2011 – O Decreto nº 22.507/11 delimita e implanta o Parque das Dunas ampliando até o Parque do Abaeté, com suas poligonais ficando assim declarado o Parque Municipal das Dunas.

2012 – O Decreto nº 22.906/12 dispõe sobre a ampliação do Parque Metropolitano e Ambiental das Lagoas e Dunas do Abaeté, inserido neste contexto a criação especifica do Parque das Dunas destinado a preservação da integridade dos ecossistemas naturais ali existentes.

Esse decreto também regulamenta o decreto Lei nº 22.507/11. Decretando as finalidades previstas para a gestão do Parque das Dunas. “Fins científicos, culturais e educativos”, criação do conselho gestor e regulamentação do seu Plano de Manejo.

2013 – Inauguração do Auditório Antonio Nativo e Praça Engº Leandro Amaral Lopes no Parque das Dunas.

2014 – O Parque das Dunas foi aclamado com o Título de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) – UNESCO, de grande relevância para sua conservação e preservação. Título recebido devido ao projeto desenvolvido no Parque das dunas, como: educação ambiental, pesquisas cientificas e sustentabilidade. Consagrando o Título internacional, onde 197 países estão protegendo também o Parque das Dunas.

2015 – O Parque, desde 1994 até dezembro de 2015, atingiu 270 mil vistas entre escolas e universidades publicas e privadas, Instituições governamentais e não governamentais e visitações nacionais e internacionais.

Parque das Dunas Salvador Valor da Entrada

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Parque das Dunas Salvador Flora

A vegetação do Parque das Dunas é representada pelo ecossistema de restinga. Este ecossistema faz parte do bioma da Mata Atlântica e tem por características o solo arenoso e salino.

A vegetação de Restinga, ao tempo em que fixa as Dunas, impedindo o movimento da areia, em perfeita interação com fatores abióticos como ventos, salinidade, sedimentos, agrega também uma grande biodiversidade. As comunidades vegetais são formadas principalmente por halófitas herbáceas e arbustivas, apresentando também extratos arbóreos.

As plantas encontradas no Parque estão adaptadas a níveis elevados de stress hídrico, ou seja, resistem à falta de água e períodos de seca. Estudos apontam que as espécies encontradas no lugar tem valor paisagístico e urbanístico, uma vez que não precisam de constante irrigação.

Esse valor e a necessidade de se promover pesquisas na área de restinga fez com que a UNIDUNAS criasse o Horto de Restinga. O projeto tem como objetivo promover estudos sobre as espécies de plantas do ecossistema e promover a sustentabilidade do Parque das Dunas.

Comum na região do Cerrado e nas dunas, a “Canela-de-ema”, uma planta da Família da “Velloziácea”, traz em suas folhas uma resina, que funciona como um “comburente natural”. Na Chapada Diamantina, garimpeiros e nativos utilizam-a para fazer fogo.

No Cerrado, quando a umidade relativa do ar cai para valores abaixo de 10%, essa planta pode pegar fogo sozinha. Essa “auto-combustão”, entretanto, é altamente benéfica, pois o fogo provocado, rompe a dormência de alguns frutos, fazendo-os liberar as sementes, levadas pela dispersão eólica.

Nas Dunas, por ser um sistema litorâneo, e a umidade relativa do ar ser sempre superior a 70%, as Canelas-de-Ema não se auto-combustam, mas queimam as pontas das folhas, dando a impressão de que foram queimadas.

Fauna do Parque das Dunas Salvador

A fauna do Parque das Dunas é característica do ecossistema de Restinga. A biodiversidade encontrada aqui é fundamental para manter o equilíbrio ecológico e o nível de conservação da área. “Conhecer para preservar”, este é o lema do Parque das Dunas.

Toda a fauna pode ser contemplada durante uma das trilhas interpretativas sob a tutela de monitores e guardas ambientais treinados e capacitados para lecionar sobre dunas, lagoas e restinga e suas características.

Está inseridos em uma zona de crescente urbanização, localizados atrás do Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, rodeados pelo crescimento desordenado de Salvador e Lauro de Freitas, o que torna o Parque das Dunas o único local preservado do meio ambiente do Ecossistema de Lagoas, Dunas e Restinga de Salvador. Protege uma biodiversidade ameaçada verdadeiramente de extinção, como é o caso do lagartinho Ameivula abaetensis (Dias, Rocha & Vrcibradic, 2002), que está no livro vermelho dos animais ameaçados de extinção.

Coexistem aqui espécies como Troquelídeos (beija-flores), falconiformes(Carcará, Falcão Peregrino e Carijó), estrigiformes (coruja buraqueira, etc), emberizídeos(sabiá-da-praia), pelicaniformes (garças) e espécies já conhecidas e que também são encontradas na região.

Horário de Funcionamento Parque das Dunas Salvador

  • Segunda a sexta das 7h ás 17h / Sábado das 7h ás 13h

Endereço e Telefone Parque das Dunas Salvador

  • R. José Augusto Tourinho Dantas, 1001 – Praia do Flamengo – Salvador – BA
  • Telefone: (71) 3036-1399

Outras informações e site

Mapa de localização