Até o final deste ano, cerca de 50 mil novos casos de câncer de mama devem ser registrados em todo o país. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) preocupa a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que tem aperfeiçoado o atendimento às mulheres com o objetivo de contribuir para o diagnóstico precoce da doença. Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é mais comum entre o sexo feminino.
Entre as diversas atividades programadas pela SMS, em função da campanha Outubro Rosa, mês de luta contra a doença, o órgão alertou para a importância do diagnóstico precoce. “Esta é a nossa principal bandeira e, por isso, em todos os nossos eventos temos reforçado, aos profissionais de saúde e às mulheres, a importância do autoexame e também do exame clinico. Isso porque, quanto antes a doença for identificada, maiores são as chances de cura”, enfatizou Mariete Fonseca, coordenadora do Programa Viva Mulher em Salvador.
De acordo com Fonseca, o exame clínico deve ser realizado, pelo menos, uma vez por ano. “É um direito da mulher solicitar ao profissional de saúde que realize o exame”, destacou. Conforme a coordenadora, não é preciso mais do que uma maca e um profissional habilitado, para que o exame possa ser feito com eficiência. “Não é necessário qualquer equipamento avançado, o exame é simples e pode ser feito pelo profissional de saúde, durante o atendimento de rotina”, completou. Sendo identificada qualquer alteração, a mulher deverá ser encaminhada a uma das 31 clínicas cadastradas para realização da mamografia. “A marcação do exame pode ser feita em qualquer um dos postos municipais de saúde”, salientou Fonseca.
Os sintomas do câncer de mama palpável é o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como aspecto semelhante à casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
Entre os fatores de risco estão o registro de casos na família, especialmente, se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade. O câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos. A idade constitui outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência com o aumento da idade. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia (após os 50 anos de idade), ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos), constituem também fatores de risco para o câncer de mama.
A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, também é identificada como fator de risco, assim como a exposição a radiações ionizantes, em idade inferior a 35 anos.
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador