Preço da cesta básica aumenta 30 por cento em Salvador

Em um ano, o preço da cesta, em Salvador, subiu mais de 30%. A cesta é composta por 12 produtos considerados essenciais. A aposentada Ivanise Rebouças é uma das que reclamam dos atuais preços. “R$ 6 um quilo de batata, R$ 6 também o quilo do tomate. Você não tem condição mais de fazer um tempero nem de pôr em uma salada”, disse.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese), no mês de março, dos 12 produtos, os que mais subiram foram banana, em 20,57%, farinha de mandioca, em 12,34%, e o feijão, em 12,08%, custando entre R$ 5,38 e R$ 7,38. A alta também foi registrada nos preços do arroz e do café. “Está bem mais caro tudo e, o que eu percebo, é que o salário não está acompanhando”, avalia a nutricionista Glória Carvalho.

A alta acumulada nos últimos 12 meses em Salvador já chega a 32,63%, sendo que a cesta básica sai por R$ 281,05 na cidade. É o segundo maior aumento entre as 18 capitais pesquisadas.





O Dieese aponta que um trabalhador que ganha salário mínimo compromete atualmente 45,06% do rendimento líquido apenas com os produtos da cesta básica na cidade de Salvador. Seriam 7 dúzias de banana, 6 kg de pão, 12 kg de tomate, 4 kg de feijão, 3 kg de açúcar, 3 kg de farinha, 3,5 kg de arroz, 4,5 kg de carne, além de leite, café, manteiga e óleo. Para uma família de quatro pessoas, esse gasto é bem maior, R$ 843,15.

A nutricionista Vanessa Bulcão lembra ainda que os produtos da cesta básica não possuem todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. “A quantidade de vitamina A, que é importantíssima para a visão, para o crescimento ósseo das crianças, principalmente, é deficiente. A vitamina A a gente encontra na goiaba. Tem muita farinha, muito açúcar, e esses alimentos eles são pobres em nutrientes. A gente chama de caloria vazia. Coloca mais fruta, mais verdura. A quantidade de pão também é relativamente grande e poderia intercalar pelo menos com uma raiz. Coloca um aipim no lugar, para não comer pão todos os dias”, explicou.

Fonte: G1





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