Salvador tem um milhão de árvores; veja locais para conhecer espécies

Estima-se que em Salvador existem cerca de um milhão de árvores, segundo dados da Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop), responsável pela manutenção das espécies. Os bairros do subúrbio, Pituba e Brotas são considerados os mais arborizados e as árvores mais comuns são as amendoeiras.

De acordo com o professor Lázaro Benedito, do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), os ipês, sombreiros e figueiras também são vistos em grande quantidade na capital baiana.

Além da Sucop, Salvador tem Superintendência Municipal do Meio Ambiente (SMA) que é responsável pela manutenção das ávores em áreas privadas e também nos parques, hortos e jardins da cidade.

Entre as principais áreas verdes na capital baiana, estão o Parque da Cidade, no bairro do Itaigara, e o Parque São Bartolomeu, que fica no subúrbio, entre entre a Enseada dos Cabritos e o bairro de Pirajá. A entrada nos dois locais é gratuita, no entanto, a frequência de visitantes não é alta. Parte do desinteresse da população é atribuída à falta de segurança nos locais, principalmente em São Bartolomeu, local que atualmente passa por uma reforma.

Salvador também tem um Jardim Botânico, localizado no bairro de São Marcos, mas que é pouco conhecido pelos soteropolitanos. A área de 18 hectares abriga 320 espécies diferentes entre plantas e árvores. A entrada no local também é gratuita e a visitação pode ser feita de 8h às 13h.

Além dessas áreas verdes, a cidade possui o Horto Sagrada Família, que fica em um terreno de 50 mil metros quadrados, localizado no Alto do Bonfim. O horto fica aberto ao público de segunda à sexta, das 8h às 16h e aos sábados, das 8h às 12h.

Administrado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), o Parque Metropolitano de Pituaçu, tem 660 hectares e é mais uma área com grande diversidade de árvores, além de animais. As espécies angueira, cajueiro, palmeiras, aroeira, helicônia, conhecida como bananeira-do-mato, também são facilmente encontradas no parque, segundo informações da Sema.

O parque fica entre a orla de Pituaçu (Avenida Otávio Mangabeira) e as avenidas Jorge Amado e Paralela, em frente ao Centro Administrativo da Bahia (CAB). O local fica aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 18h. A entrada é de graça.

Erradicação
O envenenamento é o principal motivo de erradicação de árvores em Salvador, de acordo com informações da Superintendência de Conservação e Obras Públicas. Outra causa comum é o aparecimento de cupim, praga que afeta as plantas. Para mimizar os transtornos causados pela praga de difícil tratamento, segundo a Sucop, a prefeitura poda as árvores afetadas e retira as casas do cupim.





Segundo o professor Lázaro Benedito, da Ufba, o diagnóstico de erradicação de uma planta não é fácil de ser feito. “Às vezes ela tem um aspecto externo ruim, mas não apresenta riscos, portanto pode ser mantida. Porém, às vezes ela parece boa, mas está atacada por cupins fungos, apresentando riscos para a comunidade. Em Salvador, em geral, as árvores estão em boa situação”, afirmou.

O Setor de Áreas Verdes da Sucop é o responsável pela poda e erradicação das árvores que estão em áreas públicas. Antes de fazer o procedimento nas árvores que ficam em propriedade particular, a população deve entrar em contato com o departamento, localizado na Sete Portas, ou pelo telefone da ouvidoria do órgão (71 3172-4335). Um técnico deve ser enviado ao local para avaliar a necessidade do serviço, que uma vez comprovada, será emitido um alvará autorizando a execução.

Orientação para a população
A Sucop informou que antes de um cidadão plantar uma árvore na frente da casa é necessário procurar o órgão, que enviará um engenheiro agrônomo ao local para fazer avaliações técnicas e apontar o tipo de espécie que pode ser cultivada na área. A superintendência alerta que a população deve evitar plantar árvores em encostas e fazer a poda das plantas por conta própria.

Além disso, a Sucop observa que o plantio das espécies amendoeira ou flamboyant, árvores que têm um sistema radicular agressivo, não é mais recomendado. Segundo a superintendência, hoje a prefeitura de Salvador realiza o plantio de árvores de pequeno e médio porte, como pata de vaca, ipezinho, flamboyant mirim. De acordo a Superintendência Municipal do Meio Ambiente, nos últimos anos, foram plantadas 10.795 espécies em Salvador.

Ainda segundo a SMA, os resíduos de vegetais, originários da poda de árvores na capital baiana são utilizados na produção de composto orgânico. Material usado na manutenção de praças e jardins da cidade.

Programação
A Superintendência Municipal do Meio Ambiente fará divulgação de atividades na XIV Feira da Primavera na sexta-feira (21), na Praça 2 de julho, no Campo Grande. Técnicos do órgão estarão disponíveis no local das 9h às 21h para tirar dúvidas da população.

Também em comemoração à data, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente fará durante toda esta sexta-feira (21) a distribuição gratuita de mudas das espécies cordele, pau brasil, pau pombo, ingá, pitanga e aroeira, no Shopping Center Lapa. O mesmo shopping vai manter até o dia 29 de setembro, a Exposição de Bonsai. Além das árvores em miniatura, a mostra reunirá cactos, terrariuns (mini jardim), plantas frutíferas e de espécies nativas.

O evento será organizado pelo paisagista e bonsaísta, Emilson Rodrigues Júnior, que é um dos baianos mais antigos na arte dos bonsais. Na ocasião, o público vai poder conhecer um pouco mais da arte de cultivar mini árvores com origem na China, desenvolvida no Japão e trazida ao Brasil por imigrantes japoneses.

Fonte: G1





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