Após denúncia, vigilantes protestam em Salvador

Os protestos por parte dos vigilantes privados continuam na tarde desta segunda-feira (4). Um grupo de trabalhadores está concentrado na região do Iguatemi com faixas, apitos e até um mini-trio. Nesta manhã, as manifestações começaram no bairro de Nazaré e seguiram até o Campo Grande.

De acordo com o Sindicato dos Vigilantes do Estado da Bahia (Sindvigilantes), os vigilantes se encaminharam para o Iguatemi por receberem a denúncia de que as agências da Caixa Econômica Federal e Bradesco estão funcionando dentro do shopping de forma irregular.

Com base na lei federal de nº 7.102/83, é necessária a presença de, no mínimo, dois vigilantes em cada agência, para que haja regularidade no funcionamento. Caso o atendimento seja retomado, mesmo com a greve dos vigilantes, qualquer ocorrência será de responsabilidade do banco.

Apesar da manifestação, o trânsito não está sendo afetado, pois os trabalhadores estão concentrados na pista alternativa, na frente do shopping na cidade de Salvador.

Na última sexta-feira (1º), a Justiça do Trabalho determinou a manutenção do contingente mínimo de 50% dos vigilantes privados em atividade para execução dos serviços da categoria. O descumprimento da decisão ou a ocorrência de manifestações que possam constranger ou ameaçar direitos de terceiros estão sujeita à multa diária de R$ 50 mil, conforme a decisão.

Em nota nesta segunda, o Sindicato dos Vigilantes do Estado da Bahia (Sindvigilantes) informou que a liminar está sendo respeitada conforme decisão da justiça, com o funcionamento normal de escolas, praças e órgãos públicos que contam com um efetivo até superior a 50% dos trabalhadores. Mas, os bancos só podem funcionar com um efetivo superior ao determinado.





O Sindivigilantes informou também que ações estão sendo tomadas contra as empresas que contrataram vigilantes para substituir os grevistas. No comunicado, o sindicato cita empresas que já concordaram em pagar o 30% devido de periculosidade, que são Atento Vigilância, do Grupo Seixas Vigilância e Java.

Ainda de acordo com o sindicato, as manifestações irão continuar contra as ameaças de demissão das empresas de vigilância, que garantiu que os protestos serão realizados nas ruas e não terá mais invasões de agências bancárias.

Entenda o caso
A greve começou na última terça-feira (26), atingindo estabelecimentos como hospitais, escolas, shoppings e principalmente bancos. De acordo com informações do Sindicato dos Vigilantes da Bahia (Sindvigilantes-Ba), o motivo para a paralisação é a falta de pagamento de algumas empresas de vigilância do adicional de periculosidade de 30% que está previsto em lei sancionada no fim do ano passado.

Segundo o Sindicato dos Bancários da Bahia, todos os bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNB) suspenderam o atendimento em todas as agências. Já em diversos agências de bancos privados, o funcionamento está mantido apesar da ausência dos vigilantes.

Na última quarta-feira (27), cerca de 200 trabalhadores realizaram uma passeata na região do Iguatemi. O grupo seguiu em direção à avenida Tancredo Neves, que concentra diversas agências bancárias.

Fonte: Correio da Bahia





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