O Bairro Garcia Salvador é um dos mais antigos e tradicionais bairros da cidade de Salvador, capital da Bahia.
Está localizado na região do centro da cidade e é um dos bairros mais altos de Salvador, estando mais de 80 metros acima do nível do mar.
Recebe esse batismo devido à presença, antigamente, da fazenda do Conde Garcia D’Avila, senhor da Casa da Torre, verdadeira sesmaria que abarcava metade do atual território do Estado. A porteira da fazenda ficava na área onde hoje situa-se o Colégio Edgard Santos.
O nobre morava no Palácio Conde dos Arcos, que hoje faz parte da Fundação Dois de Julho, que abrange o Colégio Dois de Julho e a Faculdade Dois de Julho. Hoje, o palácio é preservado como Patrimônio Histórico.
Ali se estabeleceu a primeira pizzaria de Salvador, a Giovani, a qual fechou suas portas há anos, sendo que seu espaço físico atualmente é ocupado por outro estabelecimento do mesmo ramo.
Fato é que o Garcia é bairro central e populoso, abrigando nos seus limites as sedes de três tradicionais colégios de Salvador: Colégio Dois de Julho, Colégio Antônio Vieira e Sacramentinas (ambos fundados por missões católicas). Atualmente é um bairro tipicamente residencial, embora tenha aumentado sensivelmente o número de estabelecimentos comerciais (delicatessens, salões de beleza, farmácias, mercados e bancos), sendo abastecido por diversas linhas de ônibus.
É bairro central e limítrofe ao Campo Grande, ficando sua entrada principal situada ao lado do Teatro Castro Alves. Lá também se situa a Radio Excelsior, a Cúria e a Capela Sagrada Família, antigo colégio das Dorotéias.
História do Bairro Garcia Salvador
O bairro teve origem no final do século XVI, quando se constituiu a Fazenda Garcia D’Ávila, um dos maiores latifúndios do Brasil. A fazenda pertencia ao Conde Garcia D’Ávila, senhor da Casa da Torre, que criava gado e estocava escravos no local, enquanto não eram vendidos a outros senhores.
Depois a terra passou ao Mosteiro de São Bento, em seguida para o Coronel Duarte da Costa e, por fim, para a União Progresso Fabril da Bahia (propriedade da família Catharino).
Alguns estudiosos acreditam que a comunidade se formou por iniciativa dos trabalhadores da fazenda. Os empregados moravam em casas construídas pelos patrões, onde hoje fica o fim de linha do bairro. A região cresceu à medida que os trabalhadores foram formando famílias e construindo novas casas.
Com a falência econômica da União Fabril, no início do século XX, a família Catharino, perdeu o todo o patrimônio imobiliário. A partir daí, pequenos pedaços da fazenda foram sendo arrendadas para aqueles que trabalhavam no local e para os migrantes que procuravam oportunidades de emprego em Salvador. Foi o início da consolidação do novo bairro, que viu surgir, junto com a nova população, empreendimentos educacionais voltados para os filhos da classe média da cidade.
Do outro lado do bairro, as marcas atuais são religiosas, e as casas, hoje, se misturam com prédios. Foi na Avenida Leovigildo Filgueiras que, no final do século XVIII, construiu-se o solar que abrigou o 8º Conde dos Arcos, dom Marcos de Noronha Brito, último vice-rei do Brasil. Ele foi governador da Capitania da Bahia de 1810 a 1817. Quando transferido para o Rio de Janeiro, em 1818, construiu um casarão nos padrões do Solar Conde dos Arcos da Bahia.
Em 1938, o espaço foi tombado como patrimônio histórico e comprado pela missão presbiteriana norte-americana, passando a abrigar o Colégio Dois de Julho (hoje Fundação Dois de Julho – entidade mantenedora do colégio e da faculdade). A tradição religiosa no ensino já existia no bairro com a construção pelos jesuítas do Colégio Antônio Vieira, em terra adquirida da Fazenda Garcia, em 1932. Hoje, há ainda outras instituições de educação, com tradição religiosa, como o Colégio Sacramentinas.
Próximo à Fundação Dois de Julho, há o parque da Arquidiocese de São Salvador – construção do século XIX que guarda riquezas arquitetônicas. Este funcionou como o Asilo Conde de Pereira Marinho e por muitos anos foi ocupado pelas Dorotéias. Ele não é tombado pelo patrimônio histórico. No entanto, a atual reforma busca preservar todas as características originais. No bairro, há representações de outras religiões. A Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes fica no final de linha. Antes, era uma capela, construída em 1906.
Fazenda Garcia Salvador
O Garcia é um dos mais antigos e tradicionais bairros da cidade de Salvador, sendo criado a partir de uma fazenda em que pesquisas de moradores afirmam que o proprietário poderia ser o português Manoel Correia Garcia ou o Conde D’Avila, senhor de um dos maiores latifúndios do Brasil. Bairro popular, com muita simplicidade, foi aos poucos deixando de ser fazenda para se tornar efetivamente um bairro da cidade.
Atualmente o termo “Fazenda Garcia” é utilizado para denominar a porção do fim de linha do bairro que hoje em dia apresenta uma moradia bastante movimentada por estar no centro da cidade.O Garcia foi batizado assim devido à presença, antigamente, da fazenda do Conde Garcia D’Avila e a porteira ficava na área do atual colégio Edgar Santos. Fechava, pontualmente, ás seis da tarde e o Conde morava onde funciona hoje o Colégio Dois de Julho, onde se encontra o 8º Conde dos Arcos preservado como Patrimônio Histórico comprado pela missão presbiteriana norte-americana. O bairro nasceu na Rua Prediliano Pita, local onde estava instalada essa fazenda que tinha o mesmo nome, Garcia.
Ela seguia para o Campo Grande, passava pelo final do Cemitério dos Alemães, ia em direção à Federação, chegando no 2º Arco, Estrada 2 de Julho, Rio Lucaia, passando pelo dique, até o local conhecido como Língua de Vaca. Os empregados do fazendeiro começaram a construir casas em torno da fazenda e com o tempo foram aparecendo mais residências com hortas e roças para seus moradores. É bairro central e populoso e abriga os três tradicionais colégios de Salvador, O Colégio Antônio Vieira, Colégio 2 de Julho e o Colégio Sacramentinas, todos de tradição religiosa e origem privada.
Curiosidades Sobre o Bairro Garcia Salvador
Mais conhecido como reduto da boemia e por abrigar espaços culturais diversos como o Teatro Castro Alves, colégios tradicionais, várias igrejas e um movimentado comércio em sua rua principal, o bairro do Garcia esconde dos visitantes apressados um recanto tranquilo, acolhedor e com ares de pequena cidade do interior. É no fim de linha do Garcia, também conhecido como Fazenda Garcia, que a vida flui mais sossegada, em meio a casas simples, rodadas de dominó e o indispensável jogo de futebol na praça.
Populoso e residencial, o Garcia é um dos bairros mais antigos de Salvador e possui outros atrativos como os seus bares, restaurantes familiares, uma arquitetura que mistura construções antigas e novas de estilos variados e a veia artística dos seus moradores, que atrai para seus espaços os amantes da boa música.
O Garcia é um celeiro de compositores, como o sambista Riachão, que ainda mora lá, no fim de linha. E é perto dali que se reúnem os músicos para apresentações no Aconchego da Zuzu, bar e restaurante com comida caseira e música ao vivo. O atendimento especial é garantido pelos membros da família, que vivem em casas ao redor do mesmo quintal onde funciona o estabelecimento. O restaurante também é a sede do Centro Cultural e Social Nelson Rufino, que presta apoio aos pequenos compositores. E as reuniões semanais do Grupo Vivavós, formado por avós que gostam de samba e de atuar no palco, também ocorrem lá.
O Garcia também é conhecido por ser a concentração de blocos alternativos que desfilam por suas ruas durante o carnaval. Atração tradicional do bairro, o bloco Mudança do Garcia é bem popular e irreverente. Seus foliões costumam confeccionar as fantasias e cartazes de protesto, geralmente contra políticos e governantes, e saem ao som de bandas de sopro e de percussão. Pessoas de todas as idades e classes sociais, fantasiadas ou não, participam do cortejo, que sai sempre na segunda-feira do final de linha em direção ao Campo Grande.
Este ano o Ministério Público Estadual proibiu a participação de animais durante o percurso. Por isso evento não conta mais com as tradicionais carroças de alegorias puxadas por jegues.
Garcia Salvador CEP
Bairro predominantemente residencial com 93,66% de seus endereços residenciais.
Principais ruas do Bairro Garcia
- CEP 40100-000
Avenida Leovigildo Filgueiras - CEP 40100-200
Rua Prediliano Pitta - CEP 40100-180
Avenida Centenário - CEP 40105-380
Rua Padre Domingos de Brito - CEP 40100-170
Rua Pacífico Pereira - CEP 40100-130
Praça Alexandre Fernandes - CEP 40100-315
Vila Língua de Vaca - CEP 40100-280
Rua Martin Francisco - CEP 40100-260
Rua Athayde Seixas - CEP 40100-240
Rua Quintino Bocayuva
Outras ruas
- Travessa Padre Domingos de Brito
- Avenida Leonel
- Vila Vilma
- Beco Manoel Velho
- Praça Doutor Mário Macedo Costa
- Rua Clemente Pereira
- Alameda Filemon Andrade
- Avenida Campelo
- Avenida Bispo
- Avenida Alda
- Avenida Santana Barbosa
- Avenida Língua de Vaca
- Beco do Panta
- Ladeira do Carvão
- Rua dos Artistas